Estardalhaços

     Já é outono e as folhas das árvores se tornam avermelhadas, logo haverão de soltar-se e um típico tapete dançará ao sabor do vento. 

     O sol e um céu azul profundo romantizam o dia por começar, quando o silêncio é interrompido com estardalhaços.

média estação -

bando de saltitantes 

maritacas

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*Preâmbulo do Haicai*

Já é outono e as folhas das árvores se tornam avermelhadas, logo soltar-se-ão e um típico tapete danará ao sabor do vento.

O sol e o céu azul profundo romantizam o dia por começar, quando o silêncio é interrompido como estardalhaços.

*Haicai*

Meia estação:

Bando de saltitantes. 

"As" maritacas.

*Análise Literária do haicai do Mestre Maurício de Oliveira*

O haicai do exímio mestre poeta Maurício de Oliveira é uma pequena obra de arte que captura a essência da natureza e a transição sutil entre as estações. Vamos analisá-lo em detalhes:

*1. Preâmbulo do Haicai:*

● Neste preâmbulo, o poeta nos introduz ao cenário de outono, descrevendo as folhas das árvores que estão mudando de cor e prestes a cair, formando um tapete característico que será levado pelo vento. Ele também menciona o sol e o céu azul, criando uma atmosfera romântica para o dia que está prestes a começar. O contraste entre a calma aparente e o silêncio interrompido pelos “estardalhaços” nos prepara para o haicai principal.

*2. Haicai:*

● O haicai principal é composto por três versos, seguindo a tradicional estrutura de 5-7-5 sílabas.

● O poeta retrata a transição da estação, referindo-se ao outono como “meia estação”. Essa expressão sugere um período de transição entre o verão e o inverno, evocando uma sensação de equilíbrio e mudança.

● A imagem dos “saltitantes” maritacas acrescenta dinamismo e vida à cena, contrastando com a quietude sugerida pela descrição do outono. As aves, ao saltitarem, trazem movimento e vitalidade para o cenário, destacando a beleza e a diversidade da natureza mesmo em meio às mudanças sazonais.

*3. Conclusão:*

No geral, o haicai de Maurício de Oliveira é uma obra poética que celebra a natureza em sua transitoriedade, capturando a beleza e a serenidade do outono, ao mesmo tempo em que nos lembra da constante renovação e vitalidade que permeiam todas as estações.

Por: Alelos Esmeraldinus

Analista de obras do R. Letras

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