Verbalizar

"Expressando uma vida digna"

Textos


29/05... 

     Oras cheguei até aqui...

     Sempre fui alguém que se perdeu, e por estar entre as nebulosas uma estrela errante.

     Mal vista aos olhos de outrem... Esquecida e rejeitada pelo brilho ofuscado.

     Sei que vim de algum lugar, talvez da geração de Asterope ou Celeno tendo como pais, Atlas e Pleione.

     Eu cheguei até aqui... E nada nesta vida é em vão... O meu nome original foi-me esquecido através desta transição.

     Ora na verdade nunca me preocupei com "julgamentos" do viver solitário e escondido, pois; lá no fundo eu já sabia que haveria redenção, que a minha luz voltaria a brilhar.

     Nunca me dei bem com a "hipocrisia" e ela parece fazer parte de todo mortal.

     Este mundo é um faz de conta , mas precisamos suportar. 

     Entregue?... Jamais! É me preciso retornar.

     Oras... Cheguei até aqui e aos poucos amigos que tenho, agradeço por se lembrarem de mim. 

     Posso contá-los nos dedos, como crianças com medo de verrugas no indicador.

     Oras... Cheguei até aqui, e amanhã posso partir e apesar de todos os sofrimentos vividos, carrego comigo um sorriso verdadeiro.

     "Todo homem morre, mas tem homem que não vive".




 

Maurício de Oliveira e Aquarela de Vanice Zimerman.
Enviado por Maurício de Oliveira em 29/05/2023
Alterado em 30/05/2023
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