29/05...Oras cheguei até aqui... Sempre fui alguém que se perdeu, e por estar entre as nebulosas uma estrela errante. Mal vista aos olhos de outrem... Esquecida e rejeitada pelo brilho ofuscado. Sei que vim de algum lugar, talvez da geração de Asterope ou Celeno tendo como pais, Atlas e Pleione. Eu cheguei até aqui... E nada nesta vida é em vão... O meu nome original foi-me esquecido através desta transição. Ora na verdade nunca me preocupei com "julgamentos" do viver solitário e escondido, pois; lá no fundo eu já sabia que haveria redenção, que a minha luz voltaria a brilhar. Nunca me dei bem com a "hipocrisia" e ela parece fazer parte de todo mortal. Este mundo é um faz de conta , mas precisamos suportar. Entregue?... Jamais! É me preciso retornar. Oras... Cheguei até aqui e aos poucos amigos que tenho, agradeço por se lembrarem de mim. Posso contá-los nos dedos, como crianças com medo de verrugas no indicador. Oras... Cheguei até aqui, e amanhã posso partir e apesar de todos os sofrimentos vividos, carrego comigo um sorriso verdadeiro. "Todo homem morre, mas tem homem que não vive".
Maurício de Oliveira e Aquarela de Vanice Zimerman.
Enviado por Maurício de Oliveira em 29/05/2023
Alterado em 30/05/2023 Copyright © 2023. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |