Constelação
Sopra o vento suave de noroeste... É sempre assim melancólico busco uma saudade dentro de mim.
O que me trazes vento... O que queres me dizer? Sinto que não sou daqui... Quem sabe sou das alturas em busca de redenção, d'um horizonte longínquo perdido de vista, onde as nuvens nascem e se aglutinam dispersando a felicidade pelo ar... Ora devo ser desse lugar! Vejo o uni(verso) estrelado, são meus irmãos e irmãs, alguns já nasceram e morreram e esperam por brilhar novamente. Esperam o Excelso os chamar... Cada qual pelo seu nome de origem e de volta a sua glória resgatar e jubilosamente um canto eterno entoar. Ora com certeza vós também sois desse lugar. Há algo qu'á minha essência desfrutou... Além desta limitada imaginação... Qual me é peculiar e me faz movimentar a passos assertivos o caminho de retorno ao lar. Sim! Ele fica lá... "A noroeste é o meu real lugar!" Agora sei o que supunha ser, porque a certeza bateu nas portas do meu coração e a deixei entrar. Ora quanto tempo minha amiga! Agora mores comigo e nunca mais se vá! Mero peregrino sou... Tive que vir cumprir a justiça ao meu ser aplicada, por hora aceitar este corpo que degrada, até cumprir a minha transição no tempo que não me pertence, mas; com a esperança guardada a sete chaves no coração. Ó Vida tu és maravilhosa! Mais Maravilhoso és o Senhor que a Criou! Sopra o vento vindo de noroeste... Ora vento! Agora eu já sei d'onde pertenço. "Deus conta o número das estrelas, chama-as a todas pelos seus nomes." Sl.147.4
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 08/11/2020
Alterado em 11/11/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |