Chuvas de Janeiro
Seja bem-vinda ó chuva!Caia sobre esta cidade que se torna infame no seu caminhar, no qual; dia após dia avolumam-se os pecados destes residentes, que egoísticamente vivem a contemplar o próprio umbigo e murmurar. Lava esta terra ó chuva! Quem sabe alguém se conscientize, disposto ao seu banho renovador, seja limpo e deixe a sujeira do seu coração. Caia enquanto desperta ainda o ano, porque és apenas água, provinda da Ciência da Criação. Não tens culpas de nada, da impermeabilização pelo asfalto, dos homens que fazem nas encostas sua moradia, daqueles que descartam a sua falta de educação sobre os rios e nas sarjetas desta cidade, pois; não entopes nada, apenas auxilia na evacuação. Eu te louvo! Louvo quando chegas com teu manto, socorrendo a sede da vegetação, louvo-te quando molhas-me e atrasa os meus compromissos, louvada seja as águas de janeiro em toda a sua extensão! Com todo seu esplendor cristalino, sábia é a natureza da sua composição, se não houvesse um "domo", jamais existirias para a nossa saudação, nossos aplausos e contemplação. És maravilhosa ó chuva! Bem-vindas sejam chuvas de janeiro. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 12/01/2020
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