Eterna Criança

Aonde estão minhas bolinhas papai?
Quero os meus piões e fieiras de volta,
Quem te falou que eu queria crescer?!

Agora luto contra a minha própria vontade,
A cada passo, tento desviar d’uma armadilha
E isto é cansativo, por vezes sou preso nelas.

Me dê meus brinquedos de volta!
Conte-me novamente estórias para dormir.

Eu nunca queria ter conhecido o sexo...
Nem as vicissitudes da vida.
Agora vivo fugindo destas coisas,
E elas não me deixam em paz!

E só queria minhas bolinhas de volta.

A minha consciência faz acusações,
Deseja fazer a minha alma ré...

E eu só queria brincar novamente!
Óh Pai! Segure-me pelas mãos.
Deixa-me ser uma eterna criança.

Maurício de Oliveira

Enviado por Maurício de Oliveira em 24/02/2019
Alterado em 27/02/2019

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Comentários

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Carla Araújo há 6 anos

É a coisa mais linda que Deus nos deu. Linda poesia!

Alkas há 6 anos

Ó pureza perdida, ó sonhos dourados... porque temos que viver todos os problemas do mundo... queria sim viver só em momentos coloridos da bela infância... beleza meu caro amigo poeta, saludos, alkas.

Fernanda Xerez há 6 anos

Também eu queria minhas bonecas de volta e toda a minha inocência. Boa tarde, poeta Mauricio.

CONCEIÇÃO GOMES há 6 anos

Eu já nem quero ser mais criança, quero que os meus netos sejam.

Maria Madalena de Jesus Gomes há 6 anos

Olá meu querido, bom dia! Voltar aos braços do Pai... nossa! também quero. Bem sensível e bela construção amigo. Bem no fundo, todos temos a sede do Divino... amei vir aqui, a saudade foi crescendo, crescendo e transbordou. Forte abraço e que Deus nos abençoe!

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