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Sopros
 Samata, sanabi natabe...
Sopra vento do passado no Getsêmani, traz consigo a tua inspiração, deixa-me teu presente no coração. Eu te escuto, sinto, posso-lhe absorver. Libere minha língua ao teu serviço, devolva-me autoridade espiritual. Já caminhei Contigo, fiz minha peregrinação, porque lhe soltei as mãos? O Teu Filho, mostrou-lhe a vontade e ela se propagou. Eu sou um destes, por quem Ele orou. Samata, sanabi, natabe! Sopra vento neste presente, há algo indescritível no ar, e o Teu Espírito querendo me revelar. Das abreviações do nosso tempo, as nossas horas se tornaram uma eternidade, minutos um desgosto, segundos uma canseira, com os centésimos acostumados, milésimos a nossa preferência. Samata, sanabi, natabe... O tempo corre com rapidez, estamos fadados em limites, mesmo nos confins do mundo, não ultrapassamos as barreiras naturais, presos no globo, vivenciando os ciclos, dirigidos por um sistema implantado, pelos olhos daqueles que tudo vêem. Eis samata, sanabi, natabe! O teu vento ainda sopra por aqui... E o teu tempo não é nosso tempo, precisamos nos desligar do nosso, para realmente entrar no seu, pois; tudo que nos proporciona é bom, e eu não desejo esquecer. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 28/03/2018
Alterado em 30/03/2018 Copyright © 2018. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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