O inventor de palavras (1)
O contador de estória afoito, afoitei-a, a palavra por ele inventada, até lhe chicoteia, para não dar espaço para o seu ouvinte falar, mas; depois tem que se explicar, para que o seu dito não caia na graça de virar um costume popular, ou acrescido de sabedoria tal, um ditado regional que perambula, com seus [aís e porquês], típicos da sedução do tempo e do lugar visitado, imobilizando formas de questionamentos. Então; o contador afoito, pode ter até saído de cena, mas; continua fazendo mudos, pela surpresa gerada no estalar do seu chicote, fazendo-nos colocar no bolso regras que não podem ser aplicadas, seja por educação, carisma, visita regional, pelo seu conto mentiroso ou não, criado ou não, a sua afoiteza ganhou amplidão na simplicidade e o que nos resta é participar, admirar, guardar, lembrar e num momento oportuno, escrever, também contar para reviver. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 13/11/2017
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