Lua
Não sei mais o que acontece... Nas suas fases também mudo,Quando o mar se altera percebo-me, o tsunami cheira mal, Coloca exposto vidas sem fim ou com limitação... Inclusive a minha, tenho vergonha, não sei até quando agüento, Ungüento, liberdade, que coisa louca difícil de assimilar, Dizer não e nunca mais pecar... A minha existência marca os pólos o tempo a deixa cicatrizes, Queria ser eu, mas algo me impede... Queria ser mas não posso, engolir as tarefas diárias me fazem desgostar, Do tudo e do nada que sou... Se não sou nada passa batido, Mas alguma coisa me diz que sou alguém, ao menos para alguém, Os dias são especiais e lá se vão os feitos registrados, Se estão registrados alguém os lerá e os encaminhará ao lugar certo... Não posso mais ser o que quero... Nem te agraciar, Não posso, não posso, a culpa me diz respeito, A árvore sem folhas me diz que sou discípulo de Judas, É tão cruel isto, tudo! Ó lua! Céus! Vida! Eu não sei de mais nada. A verdade deve morar em mim. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 26/09/2015
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