"Olho Gordo"
_Bom dia! - Oi tudo bem! - exclamou a cabeleireira. _Tudo, quero meu corte deste jeito. A alma radiante pela mudança se expressava pelo ar dissipando como névoas o mau humor deixando o sol da alegria entrar pelas frestas do ambiente. _Sim! Podemos fazer vai ficar linda! _Então vamos meu cabelo esta pesado demais. - afirmou ansiosa. A mudança exterior muitas vezes faz-se necessário a rotulagem feminina, desperta interesses diversos que eleva o ego estabilizando o alto astral. _Pronto! Não ficou bom? - perguntou a cabeleireira. _Nossa que lindo! Deste jeito queria. Chacoalhava o cabelo incrivelmente de um lado a outro, rodopiava na cadeira, o corte estava leve e moderno, foi quando ela lhe perguntou: _Vamos tingir? _Sim gostaria de um cobre ou chocolate puxando algumas mechas loiras. _Perfeito! - disse a cabeleireira. “Toda química pode ser uma transformação maravilhosa ou uma grande decepção”. "A felicidade é uma flor extremamente sensível". Foi quando os restantes de tintas aplicadas "visando ganhos" entraram em ação avermelhando os fios, muito longe de cobre ou chocolate fez apagar sua lâmpada interior, desbotando o sorriso e ativando um chafariz que insistia em jorrar se não se controlasse. Então lhe perguntaram: _O que achou? _Não gostei! Ficou feio. – falou com sinceridade. _Imagina ficou bonito! – disseram algumas atendentes. _Agora não posso arrumar tenho outros clientes com horários marcados, só poderei lhe atender quarta-feira. Ainda era sexta e tinha que passar o final de semana e metade da outra com o vermelho “cheguei” pela sovines ou “olho gordo” da profissional que mostrava-se amadora e sem pudor. Engasgada pelos cinco dias de insatisfação chegou ao salão no horário marcado, estava repleto foi quando disse: _Oi querida tudo bem? – parecia uma metralhadora e continuou. _Olha que coisa horrível fizeram no meu cabelo? Parece que usaram restos de tintas e meu cabelo esta ressecado com um tom envelhecido. _Nossa! – exclamou uma cliente. _Isto é coisa de quem é relaxada. – falou outra. Tanto a cabeleireira como as atendentes não se atreveram a tirar a língua detrás dos dentes _Vamos arrumar! Foi à única frase ouvida. O silêncio pairava no ambiente a concentração provinda pelo medo da perca de "maiores cifrões" expressava-se tentando encontrar um ponto de equilíbrio. _Pronto! – exclamou a cabeleireira. _Nossa que lindo que ficou! O brilho voltou nos seus olhos à segurança e o bem estar contagiava e atraia olhares em sua direção foi quando sua cabeleireira em particular lhe disse:
_Não precisava fazer isto. – O que fiz? – Muito obrigada! - saiu exclamando feliz da vida. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 06/08/2015
Alterado em 08/08/2015 Copyright © 2015. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |