Verbalizar

"Expressando uma vida digna"

Textos

Corrupção Doentia
Às vezes penso no renascimento e percebo o quanto a minha força ainda é pequena... Coloco o pé na estrada e sigo em frente, sem saber o que encontrarei na próxima esquina.
Vejo o quanto meus sonhos custaram e de como são adiados pelos que estão no poder... A revolta muitas vezes sonda-me o espírito querendo elevar-lhe a uma falsa redenção.
Aprendo que "é melhor obedecer do que sacrificar" e que a vingança não me diz respeito.
A vergonha é estampada na face dos ladrões e quem os conhece passa de largo e sobreaviso.
Os palácios são construídos e o tempo de festas regadas acaba pelas manhãs, enquanto a maioria levanta atrás do sustento diário, outros chegam a suas camas imaginando a próxima regalia antes que seus olhos nunca mais despertem.
A sede e a desnutrição míngua a força de algumas crianças o transtorno de um pai de família olhando o fim de sua geração trás o desespero embalado nos braços com impulsos animalescos que ao ver da sociedade dos engravatados são motivos de duras penas e condenações, alguém deve ser preso que seja então o ladrão de galinhas.
Colarinhos brancos e engomados a muito deixaram de serem tarefas de freiras com ferro em brasas é sinônimo de um status destorcido, assim como o lixo diário derrubado em nossa mente pela mídia televisiva que tenta enfiar pela goela abaixo comprimidos anormais para o início de uma construção subversiva proclamando nova republica de princípios imorais.
A bandalheira foi instalada passar o grande rolo compressor em cima dos pequenos que formam um gigante é melhor do que pisar em formigueiro militarista e sofrer com suas picadas e invasões no palácio que anuncia coisas boas para tudo menos a população.
Devo parar de escrever para ter uma boa digestão e a esperança não se tornar algo utópico ou difícil de encontrar.
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 08/07/2015
Alterado em 11/07/2015
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