Reflexo
Vejo meu reflexo através da água, algum tempo a mais e sumirá.Sou como a erva do campo fresca e verde pela manhã, no final do dia estarei seca poderei ser um cobertor para um ninho de pássaros. Lembro-me da fotografia preta e branca a família reunida no portão de casa, um tempo bom e remediável, pois para quase tudo havia solução, nunca fomos os modelos da época, mas também não éramos tão ruins. Orgulho-me das minhas raízes ancestrais e o maior deles é de ser adotado por um Rei. A poeira estava em toda parte e o piche da pavimentação era a novidade divertida para as bicicletas e automóveis. Daria tudo pelas ruas de terra novamente, amoreiras e jabuticabeiras sou um vagante vivendo entre dois séculos, da antiguidade para um grande salto sobre o abismo tecnológico. A minha sombra pelas manhãs é como um grande titã ao meio dia ela passa despercebida e retorna a crescer até as primeiras estrelas despontarem durante a noite indicando a chegada d'outro século com suas novidades assombrosas. “Um governo doente perde o rumo e cria os novos moldes para a sociedade se adaptar”. Deste jeito deixei o lago do jardim e aprendi a exteriorizar para fora a esperança de participar de um governo justo e aprender sempre mesmo após a minha imagem neste mundo se apagar. Graças por ser co-herdeiro do Autor da Vida e pelo seu divino reflexo hoje sei onde chegar. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 06/07/2015
Alterado em 20/07/2015 Copyright © 2015. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |