Olho para o Céu
Percebo meu tempo perdido por anos a fio, a saúde em sequela sempre a me lembrar a amiga de anos vicissitudes que enamorei e me traiu. A estabilidade e a harmonia existente na vida que escorregou-me entre os dedos como areia fina e branca da praia de um mar remoto onde nunca e ninguém desembarcou. Tornei-me um desbravador de meu tempo perdido, sempre procurando algo novo para me satisfazer os desejos até então ofuscados por uma negra escuridão. Deste jeito olhei para o céu e o socorro sobreveio a mim, as algemas foram quebradas o cativo foi liberto, mas continuei perdendo outros valores qual poderiam me fazer nobre e sábio. Fiz-me livre das amarras do coração, assemelhei-me ao vento em variadas direções, procurando viver o que nunca vivi, desposando dos prazeres do corpo e alma todas as delícias que pudesse guardar ao menos em um baú de recordações. Os meus sentidos distorcidos indicam-me uma vontade descomunal o ego inflado tenta preencher-se esta a beira da exaustão e explosão do coração. Olho para o céu o que tenho perdido e ganhado o que vivi e não e até quando viverei? Olho para o céu no meu caminho percorrido aprendi a dizer sim e não ser dono de minhas verdades e mentiras tentando amenizar um sofrimento interno pela falta de desconhecer experiências de vida de anos em um tempo infrutífero. Tempo que passa depressa, bagagem a ser arrumada para uma viagem de luz ou escuridão. Olho para o céu e sempre continuarei olhando e ouvindo tudo que D’ele vier ao meu encontro. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 07/07/2014
Alterado em 11/07/2014 Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |