Passos Vagos
Sei que me amparavas e eu desequilibrado seguia entre sorrisos...
Era tudo novidade, gritava e alegrava-me contente da vida... Meu mundo era inocente e colorido assim dava meus primeiros passos. Aprendi a cair e chorar a sentir dor e prosseguir... Meus passos firmaram-se era entre a escola e o lar, o correr e brincar. Noutra época ensaiei outros passos, festas, passeios, dançar e namorar. Minha primavera era sempre linda e perfumada, aspirava o doce viver. Andava de encontro ao meu amor... Mas o meu tudo se fez nada. Então fiquei perdido, caído e machucado, não soube como seguir. O inverno chegou em minha vida, então novos passos experimentei, Não desejei a dor nem a tristeza n’alma, fiz-me um eterno menino, Onde não cresci, nem vivi, em passos distorcidos meu eterno fugir. Ao léu espalharam-se folhas em branco, levadas pelo tempo e vento, Foram passos decadentes e neste triste cenário reaprendi enxergar. Como pude ter pés e não saber caminhar? Olhos e não enxergar? Abatido numa desilusão que não soube nem queria assimilar. Olhei meu derredor, lembrei o tempo de fuga e do meu livre sorriso, Hoje meus passos são na contramão, faço o meu reconstruir... Não lembro do sorriso de vocês nem de quando me amparavas, Mas onde estiverem saibam... Hoje eu aprendi a caminhar. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 03/01/2013
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