Profundidades
Caminhando no meu interior encontrei meu precipício...
Avistei do outro lado às escadas que levavam aos céus, Não havia ponte para que atravessasse então eu parei, Não sabia o que fazer então olhava minha vida atrás... Fantasmas alcançaram-me, as fantasias vieram todas. Seminuas me rodeavam ofereciam as delicias do prazer, Traziam coquetéis, balas, doces, êxtases de amor! Olhava distante as cores da cidade, então me perguntei: O que faço aqui? Por que não? A vida não é isso? Atirei-me nos seus braços, juntos entorpecemos... Entre sensações caíamos era minha profundidade, Na escuridão adormeci não havia fio sequer de luz... Acordei... Vultos e negras sombras me espreitavam, Depressão me chicotava, cortava, minh'alma gritava! Retomei a caminhada, uma nova brisa acarinhou-me... Cheguei cansado ao mesmo ponto avistei as escadarias, Falei com Deus em oração como poderia atravessar? Falou-me ao coração: Minha ponte teria que construir, Era prova da minha fé, dar meus passos num vazio... Percebi duas profundidades uma acima outra abaixo, Construo minha ponte invisível, alguns podem vê-la, Estou por cima do precipício, quem vê de baixo grita: És um louco! Precisa de tratamento! Maluco! Insano! Quem olha de cima fala no meu coração: Vem! PS. Existem momentos na vida após traçar objetivos e visualizar nosso tesouro, não devemos olhar para trás, seguirmos confiantes no impossível, sem abalar-se com os que não conseguem enxergar aquilo que já enxergamos, se cairmos começamos novamente. Paz e Bem! Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 23/12/2012
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