Tempo Bendito
As crianças brincam lá fora...Gritam felizes no seu tempo infantil, O sono da tarde... Chega-me devagar... Ahh! Filhos... Meus cabelos esbranquiçar, Em paz me deito e logo durmo... O Senhor me provém, enquanto sonho... Mergulhado estou num mundo tranquilo, Confiante e seguro... Quando acordar, Na gritaria infantil, então me desperto... Poucas horas, em submerso descanso, Forças revigoradas... Um novo olhar, Um suprimento novo a carregar, Abro a janela, o vento de encontro... O céu azul... Árvores... Pássaros... Todos juntos parecem dizer... Algo incontido... Novo a fazer... Deste jeito... A areia derrama, termina, Um novo ciclo... Estação começar... Novas estrelas, brotos, botões... Borboletas... Feixes trigais... Ahh! Armazéns por onde andei... Pequeno engenho, cana esmagar, A garupa com limão, gelada beber... Quanta coisa boa! Rapadura mascar! Sabedoria esplêndida... Derramada... Repassada... Novas gerações, Pedacinhos de nós, cambaleio passos, Passos eternos... Que vivem entre nós... Ameixas amarelas dão sua cor, Banquetes de morcegos, calma noite, Brincos de princesas, na brisa badalam, Amoras vermelhas tingem alvorecer... Das delicias da vida... Eterno apreço... Na mesa farta... Bens a Deus agradecer! Que vida boa! A vida teceu-me, Grisalhos cabelos, áureos tempos... Saudades! Na minha porta bate... O coração terno em agradecimento! Obrigado Senhor! Por isto vivenciar... Assim continuo... Nova época viver, amar! (Inspirado na poesia "Envelheci" de Lenapena) http://www.recantodasletras.com.br/poesiassurrealistas/3861293 Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 02/09/2012
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