Rastros
Passei por vários caminhos em busca de um acerto comigo...Sofri entre a escuridão, gritei, murmurei, ninguém me ouviu, Entre vicissitudes e loucuras inconscientes eu submergi... A morte visitava-me, como uma amiga conselheira... Estendia-me a mão, falava vamos comigo, mas, achei atalhos, Adentrei doutrinas... Espiritismo, Catolicismo, Filosofias... Achava incoerências... Absorvia somente o que era bom! Então, peguei dois alforjes, carreguei-os pelos ombros e sai, Caminhei sem instrutor, tirava deles, algumas sementes, Distribuías por onde passava, eram elas boas e más... Entrei pela noite escura, na floresta negra fui peregrinar... Caminhei entre loucos, na ilegalidade fui-me encontrar, Aspirei à noite eterna, num cemitério fui-me embriagar, Sem amor próprio... Com prostitutas eu me fui saciar... Olhei para meus alforjes... O vazio era o de sementes más... Voltei pelo mesmo caminho... Nenhuma delas germinou... Sai da negra noite... Meus fantasmas deixe-os para traz, Tenho um saco cheio de coisas boas, que começo a semear! Deixei atrás as coisas velhas e as novas, já estão a germinar! Tenho rastros espalhados por muitos lugares... Mas estou feliz! "Por isso, todo escriba versado no reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira de seu depósito COISAS NOVAS E COISAS VELHAS." Mt.13.52. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 01/09/2012
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