Avó
Ainda escuto seu grito chamando-me... Maurício! Entre: 11: 50 as 12:00 Hs... Minha essência se agita... Na rua com bolinhas de gude, pipas ou piões... O despertador chamava-me... Vem almoçar! Ainda vejo seus olhos bondosos... Analisando-me... Sua voz incomum falando comigo pacientemente, Querendo descobrir meus segredos infantis, Regando e cuidando da sementinha que crescia. Ainda posso escutar a buzina do sorveteiro... Posso ouvir em suas mãos, as moedas tilintando, Então, saboreávamos a deliciosa massa gelada... Quão gostoso que era nosso tempo... Minha avó! Posso ouvir tua voz grave elevando-se novamente... Lá pelas 15:00 hs... Maurício! Vem tomar café! Saltava correndo da mangueira ou jabuticabeira, E ia ao teu encontro minha querida! Posso escutar a lata de bolachas se abrindo... Vejo o chocolate quente sobre a mesa, Lembro-me dos pudins e manjares brancos, Das gelatinas, arrozes doces e bolos. Posso lembrá-la como sempre foi... Minha abuela do puchero e cacerola! Um dia talvez escute seu grito novamente... Então; irei correndo te abraçar! Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 07/08/2012
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