Pétalas ao Vento
Os botões das flores não são os mesmos... Criam suas raízes em pesadelos mórbidos,
Mas uma dose... De uma rega insana... E disto que precisamos... Exclamam!Seus caules acostumaram-se a nova química, suas pétalas desfazem-se! Soltas ao vento, Viram-se de um lado a outro, rastejam no pó, permanecem assim, até secarem completas, Qual o jardineiro poderá recompor? Pegar suas partes na terra, grama, colar com pingos de amor? A vida delas ainda clama... Um por favor! Pai, mãe, avó, avô, ainda sou sua flor... Ajudem-me! A primavera torna-se negra sem cor... Gritos ocultos sobem no altar, Orações são oferecidas... Como fumaça de incenso escrevem nomes, Margaridas, Rosarias, Antúrios, Gerânios, Acácias, Maria e João... Murmúrios e lamentações espalham-se no ar, perfumes sem ardor! As ervas são cultivadas a todo vapor! Coca, maconha, tabaco, cana, Usinas destiladoras legais... Laboratórios... Ciência do mal... Cifrões... Acordo firmado entre “cidadões”? Mascarados cobertos em carapuças, Desleais... Propinas que sempre calam bocas... Para outras bocas adormecer... Ingerir e golear... Viciar e dizer: Mas um para coleção! As flores se desfiguram... A primavera não é a mesma... A choro... Lágrimas fúnebres... Existe dor... Lembranças tristes... Dias escuros, Tormentas, dissabor! Os que estão à frente das praças recitam! Prometem dias melhores, mas a chuva não vem... Só chuva acida, Por que entesouram para si... Firmam contratos com o mal... Viram peças de um tabuleiro de xadrez... Enquanto aguardamos o final, Ficam em xeque, não se mexem mais... Fazem parte do mesmo jogo! Quantas flores serão sacrificadas, então? Os números são crescentes... Nunca param de correr... São ganhos sem fim... Todos provam desta taça... Um verdadeiro misto manancial... Deliciam-se e brindam! Este é o puro vinho do mal! Trucidaram as uvas belas! O Supremo Juiz julgará no final! Pois a justiça em vida! Esta longe de acontecer! Então recolho plantas murchas e tento as animar... Nos vasos da igreja muitas começam reavivar... Nos jardins... Longe das daninhas começamos replantar... Fazemos um pouco... Somos jardineiros do Senhor de Amor e cabe nós o realizarmos... Não dá mais para esperar! Somente nas alturas podemos recorrer... Em orações, toda ajuda é bem vinda, minutos, de uma rega de amor e atenção! Com isso resgataremos a primavera juvenil! Mostraremos outro lado do Brasil... Que cuida de suas plantas com empenho varonil! A se tudo mudasse! Como serial divinal! Mas esta é a luta eterna do bem contra mal, Mas levantemos nosso exército; Então! De jardineiros da paz! Ninguém poderá nos abater! Pois a dignidade é o escudo que muitos irão retroceder! Não nos enfrentarão! Eles não querem se fazer perceber! Precisam de nós para continuar a sugar... Os néctares da infância-juvenil... Sugam-nos de todos os jeitos, parasitas e vampiros, morcegos que voam pelo escuro e fazem suas tramas! Ah! Eles vão começar a perceber! Que não somos ingênuos e vamos cobrar! E se não se mexerem, vamos a todos derrubar, nas urnas que vem a seguir! Isto é um grito de "Ordem e Progresso" Pois queremos ver nossas sementes brotar e crescer, na primavera suas cores e perfumes exalar, e dizer: Tenho orgulho de morar neste jardim! Chamado Brazil! Com Z. Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 06/05/2012
Alterado em 06/05/2012 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |