Rude Jardineiro
Encontrei uma linda flor, em formosura...
Já viveu entre ervas daninhas e espinhos, Eles a despetalaram-na e a sufocaram... Quis ar, a terra a seu redor estava seca! De seu Criador ela lembrou e o louvou! Ele trouxe a chuva que a dessedentou, Soprou brisa suave, que lhe acarinhou, Na sombra de Deus ela descansou... Seu vigor voltou, ficou muito mais linda! Um jardineiro a viu... E se encantou... A lisonjeou... Prometeu cuidar dela... Aconchegou-a num coração incerto... O rude jardineiro num desequilíbrio, Pois abaixo todos os sonhos puros... Onde estão seus versos de amor? Onde estão agora suas promessas? Meu Deus! Meu Deus! O que fiz! A desarmonia tomou conta de novo, Os corações choram novamente... Como posso ser suave e rude?! Estou longe de ser perfeito meu Deus! Sou rude, jardineiro de mãos grossas, A infelicidade esta no ar e afogo-me, Na minha imperfeição suicida de amor!
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 27/08/2010
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |