Verbalizar

"Expressando uma vida digna"

Textos

Liberdade Infantil
(memórias)
 
Ele correu para a rua... Tinha apenas quatro anos e queria descobrir o mundo, abriu o portão de trinco com as forças que seus dedinhos lhe propunham.
Ajuntara-se com meninos mais velhos e no meio da disputa dos gudes, aprendia e soltava um sorriso torto pela “sua suposta liberdade”.
Os garotos estranharam uma amizade tão nova, “mas vai lá”... Queria participar de cada lance assimilando tudo antes que sua avó o descobrisse fora dos portões de casa.
Viu outro grupo de meninos empinando pipas e pensou: “Então é deste jeito”... Observava as pipas todos os dias do terraço “vermelhão” de sua casa, onde brincava de nado sujando as roupas e joelhos no seu espaço limitado.
De repente ouviu seu nome pronunciado enérgicamente, foi descoberto na sua pequena aventura que lhe custou algumas chineladas na bunda, estava feliz que o som do choro eram "falsetes" que fizeram sua avó repensar e como uma pipa dar-lhe em pouco mais de linha.

Memórias

 
Fiz-te voltar...
Isto foi bom... Por um momento voltou atrás na sua inocência, viajou na locomotiva rumo à infância, reencontrou os avôs a casa de sua estádia, amiga de um tempo pueril que insiste em virar pó e sombras de algumas existências.
Mas o escrito não deixa isto acontecer, porque se funde com o registro de algo que vale a pena ser lembrado, vale a tinta do bico, vale a lágrima brotada!
Deste jeito fiz-te voltar...
A relação literária cumpre-se e verifico que o tempo não é vão.

Para o comentário da poetisa "Doce Val"
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 27/08/2015
Alterado em 28/08/2015
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